terça-feira, 30 de julho de 2013

Crescei e multiplicai-vos...

          Parece que a minha gata Gui levou isso a sério, pois conseguiu driblar a segurança de casa, fugir para a rua, seduzir pobres gatinhos (que lutaram bravamente entre si pela dama) e depois de meses, me deixar louca com o nascimento dos lindos e maravilhosos gatinhos!

          Foi uma noite fria, a Gui insistia para que eu acordasse, miava em cima de mim até que minha amiga  (que dividia a casa comigo) ouviu e resolveu colocar um colchonete na sala e ficar com ela. Só que ela continuava a miar desesperada. A barriga enorme, tinha dificuldades até de pular. Foi então que resolvi encarar o frio e ver o que acontecia na sala. Quando cheguei, a Gui me olhava fixamente, como que pedisse ajuda. Foi o que bastou para que eu e minha amiga entrássemos em pânico! Cheguei a ver a hora que a gata iria até a cozinha preparar uma água com  açúcar para aquelas duas retardadas de primeira viagem. O fato que havia chegado  a hora e pronto. Eu respirava como mandam as grávidas respirarem, acho que isso não acalmou muito a Gui, que miava ainda mais. Quando o primeiro gatinho nasceu, quase chorei (mentira, chorei muito). Ele era amarelo claro, quase um bege. Dei o nome de Led. O segundo foi da mesma cor, virou logo músico também: Tom. As três seguintes foram gatinhas: Brigitte, Rita Lina e Sam. Rita Lina sempre foi a mais esperta, os machos eram fofinhos e carinhosos. 

          Tudo parecia um mar de rosas até as criaturinhas caminharem. A Gui ensinou-os a usarem a caixinha. Além disso, adorava trazer lagartixas vivas e chamar os filhotes para caçar. Era tão fofo!!! Tive que buscá-los nos mais variados buracos e depois de três meses, íamos nos mudar para Salvador, e ficar com todos seria impossível, mal conseguiríamos levar a Gui conosco. Os dois machinhos foram dados imediatamente, causando choros e soluços. As gatinhas foram mantidas juntas, por uma amiga que as adotou (já conheci até um bisneto da Gui). 

          E assim, ficamos só nós novamente, com as peripécias da Dona Guilhotine (assim eu a chamava), que cada dia se tornava mais mimada e amada por mim. A primeira vez que subiu no telhado, acabamos conhecendo alguns vizinhos, que saíram para nos ajudar, já que eu gritava em pânico para que a gata voltasse ao chão. Doce ilusão, pois ela passou a fazer isso constantemente, junto com seus amiguinhos para o meu desespero. Até o dia em que chegou a hora de ir para a Bahia... o dia da separação... 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O início do início...

          Infelizmente gatos não são eternos. Deveriam pelo menos nos acompanhar pelo resto da vida. Por isso resolvi homenagear minha pequena companheira antes que tudo não passe de lembranças. Sempre fui apaixonada por animais e tive vários gatos, mas a Gui chegou em minha vida quando conquistei minha independência e acabou virando a melhor companheira do mundo. Então hoje veio a ideia de deixar aqui gravado as proezas desta gatinha antes que ela me deixe (ela está bem saudável, graças a Deus!), para que eu possa sempre voltar aqui e reviver nossas aventuras e desventuras. Se você também é um amante de gatos, seja bem vindo para reviver e compartilhar suas histórias conosco. Se é apenas um simpatizante, que esse blog o ajude a descobrir as maravilhas de compartilhar sua vida com um felino!

             Mas vamos por partes: me chamo Emanuelle, sou gaúcha e tudo começou em uma cidade na região metropolitana do Rio Grande do Sul, chamada Gravataí. Eu dividia uma casa com uma amiga que assim como eu, amava gatos, mas não queria ter mais um em casa, pois dois gatos que adotamos sumiram misteriosamente após um vizinho ameaçar os bichanos. Foi quando visitando meus pais lá em dezembro de 2006, descobri que um pouco antes de eu chegar, apareceu lá um gatinho amarelo, e meu pai o espantou com uma mangueira. Meus irmãos estavam rebeldes com ele, e ninguém entendeu o por quê dele ter agido assim, já que todos lá em casa acolhiam e cuidavam de animais abandonados (nem ele mesmo entende até hoje). Quando eu já estava para ir embora, o tal gato aparece ainda molhado, embaixo de um pitangueira no quintal da casa. Logo fui ao encontro dele e descobri que era uma gatinha e sem explicação, passei a chamar de "GUI". Levei para minha casa e minha amiga, acabou se derretendo pela nova moradora da casa! 

          Lembro que as  primeiras noites foram marcadas por pisoteadas e amassos. Ela corria em cima das cobertas, pulava e puxava meus cabelos. Até que eu cansei, peguei ela firme e coloquei no meu braço para dormir. Até hoje ela dorme nele! E assim foi o primeiro ano da Gui em minha vida. A primeira vez que subiu em uma árvore pensei que iria infartar. Quase morri de preocupação e claro, os vizinhos riam da minha correria atrás dela. Mas Gui sempre foi muito esperta e desenvolveu mecanismos de entrada e saída em casa.  Quando eu chegava as 18h, ela aparecia correndo da rua, toda suja para me acompanhar e então ficava comigo, enquanto eu tomava chimarrão. Às vezes trazia um presentinho para me agradar, como um sapinho que trouxe bem contente na boca e colocou em cima de mim enquanto eu me preparava para dormir. Ela ainda ficou em posição de oferecimento, esperando eu agradecer. Nem preciso dizer o desespero que foi. 

          Mas tudo ficou pior quando ela resolveu engravidar... essa é uma história para outro post... até mais...

Ainda novinha.

Gui e seu brinquedo preferido.